O já considerado maior evento mundial de tecnologia, inovação & empreendedorismo, volta a Lisboa entre 6 e 9 de Novembro de 2017. Este ano, o evento conta com mais de 60.000 participantes e mais de 1000 oradores, vindos de cerca de 170 países diferentes.
![WebSummit 2017](/assets/blog/1017/websummit-2017.png)
O WebSummit surgiu em 2010, em Dublin, tendo como ambição organizar a melhor e maior conferência de tecnologia, a nível mundial.
No ano passado, Paddy Cosgrave, o actual CEO do WebSummit, resolveu mudar o lugar da conferência para Lisboa até 2020, muito em parte pela dinâmica social que se criou à volta da capital portuguesa, mas também pelas boas infraestruturas que Lisboa apresenta para este tipo de eventos.
O WebSummit tem uma importância gigante para a economia portuguesa por atrair cada vez mais empreendedores e empresas de todo o mundo. Esta foi a conclusão a que se chegou após uma conferência de imprensa no Ministério da Economia, em Lisboa, onde foram reunidos elementos de várias startups portuguesas que participaram na edição de 2016.
E porquê?
Tendo em conta os dados da Startup Europe Partnership, as startups portuguesas que estiveram presentes no WebSummit angariaram mais de 78 milhões de euros, desde 2010.
Só em 2016, as empresas portuguesas que estiveram presentes na conferência conseguiram captar cerca de 21 milhões de euros.
Em suma, as startups portuguesas que participaram no evento não só viram o seu networking crescer, como também toda a visibilidade internacional. Aprenderam e trocaram impressões com alguns dos maiores investidores do mundo e criaram, igualmente, parcerias estratégicas que as ajudaram a crescer, de uma forma geral.
Mais ou menos por esta altura, no ano passado, escrevemos um artigo acerca das 34 startups da #TeamInvoiceXpress e que participaram no WebSummit.
Como é que a WebSummit impactou estas startups?
Este ano, quisemos falar com algumas destas empresas para perceber, de uma forma prática, qual foi realmente o retorno que a maior conferência de tecnologia e empreendedorismo mundial lhes trouxe.
Felipe Ávila da Costa, CEO da Infraspeak, uma plataforma que simplifica a gestão de instalações, reduzindo a burocracia, aumentando o controlo e estabelecendo um processo para registo e partilha de informação, disse-nos:
“A participação da Infraspeak no WebSummit 2016 permitiu aumentar a nossa visibilidade perante grandes empresas, investidores e a comunidade de startups em Portugal.
Essa visibilidade converteu-se durante o último ano em novos contratos e num reforço da motivação da equipa, contribuindo para mantermos o nosso crescimento acelerado.”
Já Rodrigo Almeida, do departamento de Marketing da Indie Campers, empresa de aluguer de caravanas confortáveis e low-cost para viajar de forma alternativa, mencionou:
“O WebSummit teve um papel bastante importante no rumo estratégico da Indie Campers.
Visto sermos uma empresa com um crescimento muito interessante e em constante mudança, é fundamental sairmos da nossa esfera e trocarmos impressões com os melhores executantes do Mundo.
Isto permitiu-nos aprender e melhorar internamente. Adicionalmente, tivemos a oportunidade de iniciar algumas parcerias, valiosas para o desenvolvimento da empresa, bem como expor o nosso produto perante milhares de interessados.
O feedback que obtivemos foi surpreendente, contribuindo também para o aumento da nossa carteira de clientes.”
Também Luís Vieira, Founder da B-Parts.com, uma plataforma online, que permite a profissionais do sector de reparação automóvel a aquisição de peças reutilizáveis, partilhou a sua opinião sobre o evento:
“O WebSummit não gerou negócio para a B-Parts, o nosso negócio não é puramente tecnológico pelo que nosso enquadramento não é o ideal para este tipo de eventos.
No entanto foi extremamente positivo para toda a equipa, sendo específico, em networking e visibilidade internacional.
Olhamos para o WebSummit como um marco fundamental para o país e todo o ecossistema de startups em Portugal.
Hoje, as grandes tecnológicas e Venture Capital olham para as startups portuguesas com outros olhos. Este foi o grande impacto do WebSummit!”
# A participação das startups portuguesas este ano
Foi entretanto lançada a 2ª edição do Road2WebSummit, um evento paralelo para seleccionar as startups nacionais mais inovadoras e mais adequadas a representar o nosso país no WebSummit.
De entre as seleccionadas, no ano passado, o Governo financiou a 100% a participação de 67 empresas portuguesas na conferência, escolhidas através da Startup Portugal. Este ano, o número subiu para 150, sendo esta a lista dos participantes escolhidos para o evento. Estas startups terão acesso a um programa de mentoria, organizado pela Startup Portugal, em parceria com a Beta-i, e um desconto de 50% no preço dos passes Alpha.
Segundo João Vasconcelos, ex-secretário de Estado da Indústria, “no ano passado tínhamos 67 (empresas) com total apoio do governo, e tínhamos outras tantas que se tinham candidatado por si próprias e pago o bilhete inteiro e isso não é justo, porque passaram pelos mesmos critérios que as outras”. Por esse motivo, o financiamento do Governo passou a ser adoptado de outra forma este ano.
# WebSummit 2017 – What’s new?
Por fim, existem também algumas novidades na edição do Websummit este ano, sendo uma delas o palco Q&A, onde os participantes terão a oportunidade de colocar as questões que pretenderem aos oradores, entre eles a comissária europeia Margrethe Vestager, Brian Krzanich, da Intel, Khosrowshahi da Expedia, Gillian Tans da booking.com ou Sean Rad, o presidente e fundador do Tinder.
Preparados para o maior evento mundial de tecnologia, inovação & empreendedorismo?
Por aqui, estamos muito curiosos para saber o impacto que vai ter nas startups portuguesas e na própria economia este ano!
![Climbing Your Way Up](/assets/blog/1017/climbing.gif)