Admitamos: é bem mais fácil e cómodo criar um conteúdo e depois replicá-lo em todas as restantes redes sociais do negócio. Mas, admitamos novamente: não é a melhor solução para a empresa e, muito provavelmente, para os seus clientes, pois quem está no Twitter espera um tipo de conteúdo e os assíduos do Instagram aguardam, muito provavelmente, o seu contrário.
O mesmo poderíamos dizer de quem tem conta no Facebook, Tiktok, LinkedIn ou Pinterest, apenas para citar os exemplos mais mediáticos em social media e que iremos abordar ao longo deste texto.
Em cada um destes canais mencionados no parágrafo anterior, a sua audiência espera um formato e mensagem adequados ao contexto digital em que se inserem. É, pois, esse o nosso objetivo com esta prosa: sublinhar o que melhor funciona em cada rede social. Do vídeo à imagem estática, das hiperligações aos memes.
Redes Sociais: Razões para deixar de seguir uma marca
Um ponto que importa deixar claro: independentemente de o conteúdo estar adaptado à rede social, este deve ser relevante. Portanto e em suma: publicar por publicar é – e será sempre – uma má opção estratégica.
Esta é, aliás, a razão pela qual 51% dos consumidores deixam de seguir uma marca em social media, segundo um estudo realizado pela Sprout Social.
Há, ainda assim, um outro fator que pode afastar mais o público da sua marca: um mau serviço ao cliente, que congrega 56%. Embora não seja este o tema central do artigo, tenha em conta estas percentagens que a investigação publicou.
O que publicar nas Redes Sociais do seu negócio?
Instagram e a ditadura da estética
Mesmo que atualmente não seja o paraíso de outrora para fotógrafos ou puristas da imagem, esta rede social preserva algumas das suas características iniciais, mantendo-se, por isso, uma plataforma essencialmente visual.
Fotos e, sobretudo, vídeos são os formatos mais relevantes para este canal. No que diz respeito às imagens estáticas existe uma enorme variedade: além de fotografias bem enquadradas, também funciona conteúdo educacional, motivacional, memes e até screenshots de posts do Twitter.
No que diz respeito aos vídeos, as temáticas podem ser as mesmas mas filmadas na vertical para serem publicadas como Reels, que é uma resposta ao Tiktok e à sua forma de apresentar o conteúdo aos seus seguidores.
LinkedIn: a rede social de fato e gravata
O subtítulo diz quase tudo mas acrescentamos mais alguns dados: é a rede social que mais se dedica ao universo profissional, recrutamento e tendências de marketing, entre outras áreas. Razões suficientes para haver uma distinção entre o que se publica aqui e, por exemplo, no Instagram, como vimos antes.
Falar sobre o seu negócio de uma maneira mais formal, apresentando números ou infografias é uma boa estratégia. Publicar links com documentos ou estudos desenvolvidos pela sua empresa, adicionando um comentário que complete a informação que os seguidores irão encontrar na hiperligação é igualmente uma excelente ideia.
O vídeo, claro, caso a companhia tenha conteúdo neste formato, embora obedecendo às linhas orientadoras desta rede social: a organização de um evento, os resultados finais de uma ação, uma ação de team building. Todos estes temas — e outros! — cabem, desde que seja mantida a relevância para quem navega regularmente pelo LinkedIn.
Facebook, o canivete suíço das redes sociais
O Facebook é a rede social mais popular em todo o mundo e a que conta com mais utilizadores, apesar da sua mais recente perda de popularidade. Esse vasto número de pessoas nela presente – com um intervalo de idades igualmente vasto – faz com que se trate de um canal de social media difícil de definir nos dias que correm.
O vídeo funciona, sim. Mostrar produtos, serviços ou recursos humanos neste formato é um bom caminho. Também algumas publicações com links – que levam o seguidor para outra plataforma – são boas formas de poder fornecer mais informação. Pode tratar-se de uma hiperligação para uma landing page, site de e-commerce ou até subscrição de newsletters.
As imagens estáticas também são uma opção, ainda que menos eficazes que os dois caminhos apresentados antes. Se o tom de voz da sua empresa for formal, pode comunicar algum do conteúdo publicado no LinkedIn.
Pinterest, o mural de cores e ideias
Não se trata da rede social mais convencional — apesar da sua já longa história — mas nos últimos tempos tem ganhado alguma tração e surgido cada vez mais como uma plataforma onde se busca por inspiração, ideias ou alguma informação ligada à educação e formação. Dentro dos assuntos acima mencionados, o vídeo e a imagem têm bons resultados.
O formato, tal como nos conteúdos para Reels no Instagram, deve ser criado na vertical. Criativos, professores, formadores, pedagogos, entre outros profissionais olham para o Pinterest como um motor de fornecimento de conteúdo aspiracional e de resolução de problemas.
Se a sua empresa tiver conteúdo capaz de fazer a diferença nesta rede social, não hesite. Publicar pelo menos uma vez por semana é uma boa forma de alavancar a posição do seu negócio nesta rede social.
X (Twitter): notícias, factos, infografias e memes
No início não era o verbo mas quase: apenas alguns caracteres eram permitidos a cada utilizador para comunicar com os seus seguidores. Empresas incluídas, claro está.
Mas a rede social evoluiu, a plataforma tornou-se amiga de conteúdo mais gráfico como infografias ou mesmo fotografias de teor mais informativo, casando com os seus principais utilizadores: jornalistas, gestores, políticos e figuras públicas.
Houve, claro, passados alguns anos, uma enorme vontade de seguir estas personalidades, o que fez com que o Twitter se democratizasse e se tornasse no gigante que é hoje.
Hoje, discutem-se os tópicos da atualidade, o vídeo ganhou preponderância — nomeadamente no desporto — tal como alguns memes, tipologia de conteúdo bastante apreciada pela comunidade deste canal, nomeadamente com um objetivo humorístico.
Sente-se agora mais confortável para dividir os conteúdos pelas diferentes redes sociais da sua empresa? Temos a certeza que sim.