Após o início da pandemia, o digital mostrou o ar da sua graça e importância, e esta tendência veio para ficar. Em 2020 o uso da internet, das redes sociais, do e-commerce, dos jogos online ou de conteúdo streaming cresceram, conforme expõe o relatório relativo a 2020 da DataReportal.
Em 2021, a atividade digital continuou a crescer, segundo confirma o estudo publicado no início de 2022, criado em colaboração com a We are Social, Hootsuite e outros parceiros. Através desta informação, pode tirar algumas conclusões e implementar estratégias com base nas tendências do marketing digital, nomeadamente das redes sociais e tudo aquilo que gravita em torno delas.
Vejamos alguns números sobre o uso da internet, a influência do digital e o crescimento das redes sociais.
O uso da internet e das redes sociais: panorama global
Quantos somos e quantos usamos a internet?
Estima-se que a população mundial será de 7,8 mil milhões de pessoas, segundo o Instituto de Censos dos Estados Unidos, e cuja informação foi divulgada pelo Observador. Somos mais 74 milhões de pessoas no início de 2022 em relação ao início do ano de 2021. Mais de metade da população vive em áreas urbanas.
Segundo o Estudo Digital Global 2022, cujo resumo apresentaremos neste artigo, a internet (popularizada nos anos 90 do séc. XX) é usada por perto de 5 mil milhões de pessoas em todo o mundo, sendo que o número de pessoas que não usa a internet baixou a marca dos 3 mil milhões. No entanto, em 2021, o uso da internet cresceu 4 por cento em relação a 2020.
Em 2020, as redes sociais aumentaram em meio milhão de utilizadores e em 2021 cresceram mais de 10 por cento. O crescimento é de mais 13 novos utilizadores a cada segundo. 92 por cento dos utilizadores acede via telemóvel, onde também faz compras e consome conteúdos.
O mesmo estudo diz que, em 2022, os utilizadores das redes sociais representarão cerca de 60 por cento da população mundial. Mil milhões de pessoas estão “off” do digital no Sudoeste Asiático e 840 milhões estão desligadas em África. A China conta com mais de 400 milhões de desconectados.
Em muitos destes países, ainda é necessário colmatar necessidades mais básicas como eletricidade, saneamento ou água potável. Muito provavelmente, estas populações nem sabem que a internet existe, e nem vão assistir à implementação durante a sua vida.
Quanto tempo passamos online e onde?
O tempo que o utilizador passa na internet diariamente, usando diversos equipamentos, é de quase sete horas, em média, ou seja, cerca de 40% do tempo que passa acordado. O estudo indica que o tempo que estamos online está a aumentar cerca de 4 minutos por dia, o que, no final deste ano, serão mais 24 horas online.
A título de curiosidade, os sul africanos, os filipinos, os brasileiros e os colombianos passam mais de 10 horas online por dia; do lado oposto estão os japoneses e os chineses com uma média entre as 4,5 horas e as 5 horas diárias na internet.
De todo o tempo passado online, 2h27m é dedicado às redes sociais.
As pessoas passam MAIS tempo no:
Aplicação | Tempo/mês |
Youtube | 23,7 h/mês |
Facebook e Tik Tok | 19,6 h/mês cada |
18,6h/mês | |
11,2 h/mês |
As apps onde os utilizadores passam MENOS tempo (3h/mês) são:
- Facebook Messenger
- Telegram
- Snapchat
O tempo que as pessoas passam online tem-se mantido estável no Youtube e Facebook, mas mostraram um crescimento maior no TikTok (mais seis horas relativamente a 2020 = crescimento de 48%).
Os utilizadores têm preferência pelo Whatsapp (15,7%), Instagram (14,8%), uma das plataformas que também mais cresceu em 2021, e Facebook (14,5%).
O TikTok, rede que cresceu mais rapidamente em 2021, ocupa a 6ª posição com 4,3%, no entanto, no último trimestre de 2021, a plataforma cresceu 71%, o que quer dizer que continuará a tendência de crescimento em 2022.
Plataformas favoritas: quantos utilizam mensalmente?
Olhemos agora para as plataformas com mais utilizadores numa perspetiva mensal:
- Facebook: 2.91 mil milhões de utilizadores (números de outubro de 2021) baseado nos utilizadores ativos em cada mês*
- Youtube: 2.56 mil milhões (baseado na audiência dos anúncios)
- Whatsapp: 2 mil milhões/mês
- Instagram: 1.47 mil milhões/mês
- Wechat: 1.26 mil milhões (Rede Social Chinesa)
- TikTok: Mil milhões/mês (8 novos utilizadores a cada segundo no último trimestre de 2021).
- FB Messenger: 988 milhões/mês (baseado na audiência dos anúncios)
- Snapchat: 557 milhões/mês
- Telegram: 550 milhões/mês
- Pinterest: 444 milhões/mês
- Twitter: 436 milhões/mês
* Apesar de a rede social Facebook estar no topo das plataformas favoritas, não quer com isso dizer que esteja a crescer. O jornal norte-americano Washington Post divulgou no início do mês de fevereiro que o Facebook terá perdido cerca de meio milhão de utilizadores diários no último trimestre do ano 2022, especialmente em África, América Latina e Índia.
Vale a pena fazer publicidade nas redes sociais?
Do total gasto em publicidade digital, 33,1% foi investido em anúncios nas redes sociais. No último trimestre do ano registou-se um aumento de 14% desse investimento em comparação com o mesmo período de 2020. No entanto, devido ao custo por impressão ser mais elevado (CPM – custo por mil impressões), tendo aumentado mais de 20% em 2021, os investidores obtiveram menor retorno face a 2020.
Instagram cresce
Os dados divulgados pela Meta mostram um crescimento rápido no alcance dos anúncios no Instagram de cerca de 21% no ano passado. No início deste ano, estimava-se que o Instagram teria uma audiência potencial de 1,5 mil milhões de utilizadores e, portanto, um enorme potencial de consumidores de anúncios. E a tendência é continuar a crescer, já que os utilizadores desta rede social cresceram 6% no último trimestre de 2021.
Anúncios com maior alcance no Instagram:
- Home Feed – 96.6% /mês
- Stories – 72.6%/mês
- Explorar – 45.7 % /mês
O fenómeno Tik Tok
O Tik Tok também continua a crescer. Os estudos disponíveis dizem respeito apenas a utilizadores maiores de 18 anos, num universo que ronda os 884.9 milhões, maioritariamente mulheres. Os países que lideram as audiências de anúncios são a Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Kuwait.
A audiência do Youtube
O potencial de utilizadores que podem ser impactados com publicidade no Youtube é de 51,8% do total de utilizadores da internet. A título de exemplo, os Países Baixos, Coreia do Sul e Nova Zelândia fazem parte do top 3. Portugal tem um potencial de alcance de 73,7% de audiência em comparação com a população.
E-commerce e as tendências
Este estudo global revela também que, em média, 6 em cada 10 utilizadores na internet, ou seja 58,4%, compra algo online todas as semanas. Em Portugal são 45.5% os utilizadores que fazem uma compra com regularidade semanal. Três em cada 10 pessoas (28,3%, em média) compra mercearia online todas as semanas. Em Portugal, apenas 11,2% dos utilizadores portugueses é que o faz.
Atenção a este número: 3.78 mil milhões de pessoas fazem compras online.
No ano passado esse volume aumentou 10%. O mercado dos usados também aumentou. 14,4% dos utilizadores compra algo usado ou em segunda mão todas as semanas.
O consumidor português gasta em média 934 dólares (817€) por ano em bens de consumo online. As vendas nas redes sociais, nomeadamente no Facebook marketplace (maioritariamente homens) ou no Instagram shopping (maioritariamente mulheres), ganharam expressão.
Os utilizadores compram conteúdo digital
Sete em cada 10 utilizadores (71,5%) em idade ativa pagam para obter conteúdo digital todos os meses. Netflix, Spotify e subscrições de TV e música são os conteúdos mais populares. Mas os downloads de música, por exemplo, são também apreciados.
O jogo online é o setor onde o utilizador gasta mais dinheiro (mais de 155 mil milhões de dólares). Em Portugal, 45% dos utilizadores investem na aquisição de conteúdo digital.
As criptomoedas
O estudo mostra ainda que um em cada 10 utilizadores da internet, na maioria homens, possui criptomoedas, aumentando em países em vias de desenvolvimento, em que a moeda local tem vindo a perder valor.
Em Portugal 9,7% dos utilizadores, dos 16 aos 64 anos, detêm algum tipo de criptomoeda. Se a tendência for esta, este instrumento financeiro vai chamar a atenção, atraindo mais pessoas a investir nesta alternativa, mas, também irá surgir maior pressão para a sua regulamentação e novas formas de taxar esta atividade financeira.
O presente é digital
Após analisar o Relatório Global Digital 2022 poderá mais facilmente decidir quais as estratégias de marketing digital que são mais favoráveis ao seu negócio online.
No digital, as mudanças são significativas e não há volta atrás. Pelo contrário, o caminho é para a frente e sempre a crescer. É por isso que o InvoiceXpress, software de faturação online certificado, está continuamente a acompanhar a evolução desde há anos.
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