Para muitos portugueses, falar sobre dinheiro abertamente é um completo tabu. Não somos uma sociedade que incentiva o empreendedorismo… pelo menos não como em outros países, como por exemplo nos Estados Unidos.
Não há muito tempo atrás, o acesso à informação era mais limitado e nem sempre era fácil estar a par de diversos temas especializados.
No entanto, com o avanço do mundo digital e o acesso generalizado ao “maravilhoso mundo novo” da Internet, é fácil consultar informações sobre qualquer tema.
Não é necessário remeter a uma biblioteca ou faculdade para ter acesso a grandes possibilidades educativas, pois a internet dá-nos isso de forma barata (e até condensada!).
A falta de comunicação sobre uma temática como a literacia financeira, que nos acompanha ao longo da vida, não só pode trazer problemas familiares, como também dificultar a aprendizagem da mesma… e adjetivar o povo português de pouco empreendedor.
Não somos ensinados a ver oportunidades de negócio na paisagem corriqueira.
O que é a literacia financeira?
É importante falar francamente sobre dinheiro, a situação financeira da família e objetivos em comum, e como pode ser otimizada a gestão financeira por todos os membros da família, desde uma tenra idade.
Literacia financeira é nada menos que saber navegar pela vida gerindo bem o nosso dinheiro… e bem estar. Pode parecer complexo, mas, na verdade, quando se começa a investigar, acaba por ser não tão complexo como se pensa.
É assim possível eliminar muitos medos que se possa ter em relação ao futuro. Há coisas simples que todos podemos fazer que, se otimizadas ao máximo, garantem que nunca nos veremos preocupados em ter o suficiente para cobrir as nossas despesas básicas (e não tão básicas).
Literacia financeira: 5 conceitos-chave
A literacia financeira é importante não só para o nosso percurso pessoal como também para o nosso percurso profissional, uma vez que, absorvendo estes conceitos logo desde tenra idade é natural que um indivíduo se torne mais atento a oportunidades de negócio, por exemplo.
Como tal, atentes nestes 5 conceitos ligados à literacia financeira, e faça o check mental em relação ao seu próprio percurso.
1 – Conceito de renda passiva
A renda passiva é a obtenção de algum tipo de rendimento monetário sem ter que fazer algum tipo de trabalho em troca. Esta definição da investipédia é ainda melhor: “…renda passiva é quando criamos ou investimos em um produto ou serviço que nos vai trazer retorno por muito tempo!”.
Por outras palavras… quem nunca sonhou em viver sem trabalhar, à custa de rendimentos que entram na conta sem fazer nenhum? Este é o sonho de qualquer empreendedor, de qualquer freelancer que se chame a si próprio freelancer! Mas ao contrário do que muitos pensam, não quer dizer deixar de trabalhar ou ser preguiçoso…. A verdade é que nem todos somos grandes herdeiros de casas familiares, com várias rendas a coletar ao final do mês… ter rendas de casas é um dos tipos de rendimento passivo mais conhecido dos portugueses (e da história), mas não é o único.
Se quer ser rico, tem que arranjar forma de ganhar “algum” sem depender diretamente do seu tempo, uma vez que este é limitado. Ganhar um ordenado é o contrário de uma renda passiva, já que o que ganha ao final do mês está, normalmente, dependente de quantas horas trabalha.
Muito mais inteligente é passar algum tempo a criar ativos que continuarão a render dinheiro muito depois de já não estar a trabalhar neles, tais como um livro, um blog, um canal de youtube, ou um produto, que possa ser replicado e vendido ad infinitum.
Formas ainda mais sofisticadas de renda passiva prendem-se com investimentos, por exemplo, ou uma loja de dropshipping (lojas online que não mantêm stock “à mão” e estão a revolucionar o mundo da logística! Uma Etsy store, por exemplo, ou mesmo a Amazon, ao máximo, podem ser consideradas lojas de dropshipping).
2 – Conceito de Juros Compostos
Pensa-se que Albert Einstein terá dito: “A capitalização de rendimentos é a oitava maravilha do mundo. Quem a entende, ganha-a… e quem não a entende… paga-a!”.
Os juros compostos ou o efeito mágico de capitalização, como é conhecido na área de finanças, refere-se à geração de rendibilidade sobre a própria rendibilidade.
Veja este exemplo. Considere um investimento de 10.000€ com uma taxa de rendibilidade de 5% no final do primeiro ano. O valor deste investimento no final do ano seria, pois, 10.500€. Se o reinvestimento deste montante no segundo ano gerar novamente uma taxa de rendibilidade de 5%, o respetivo valor final seria 11.025€. Ou seja, no segundo ano, os juros gerados ascenderam a 525€, mais 25€ do que no primeiro ano. Estes 25€ adicionais resultam do facto de, no segundo ano, os juros incidirem sobre 10.500 € e não sobre os 10.000€ iniciais.
Este conceito e a sua aplicação são chave para aqueles que querem rentabilizar todo o seu rendimento, ganhando mais do que num depósito ou investimento comum. É assim que a capitalização dos rendimentos trabalha para fazer crescer as suas poupanças.
Se quer saber mais sobre juros compostos e poupanças, há sites muito interessantes sobre o tema, como este da Caixa Geral de Depósitos, ou ainda podcasts fantásticos, que valem a pena o tempo. Se quer duplicar o seu dinheiro, inspire-se e ouça alguns episódios dos podcasts que partilhámos no artigo “5 podcasts para o empreendedor de sucesso”.
3 – Regra 50-30-20
Tem dificuldade em perceber como deve dividir e organizar os seus rendimentos de forma a que consiga pagar contas, ter dinheiro para divertimentos e ainda colocar de parte para poupar e investir?
A regra 50-30-20 é uma referência simples que pode usar para orientar o seu orçamento. Para a seguir basta estabelecer um limite de gastos mensais para essas três grandes áreas.
Assim, segundo esta regra, cerca de 50% do seu rendimento deve ser utilizado para pagar gastos fixos e essenciais (renda da sua casa, luz, água, etc.). As suas despesas variáveis, ou seja, aquelas que dizem respeito ao seu “estilo de vida” (ou “fun money”), devem representar até 30% do rendimento e, por fim, 20% do rendimento deve ser posto de parte e destinado a poupança e investimento.
4 – Fundo de emergência
Existem imprevistos ao longo da vida e por isso é importante ter uma reserva financeira para estar protegido face a situações inesperadas. O fundo de maneio (ou de emergência) permite dar resposta a despesas de saúde repentinas, a uma avaria no carro ou a uma perda de rendimento que não se esperava, por exemplo.
Embora algumas pessoas estejam dispostas a correr riscos maiores (por exemplo os trabalhadores a recibos verdes), todos devem criar um fundo de emergência porque ninguém está imune a imprevistos. Não há nada mais tranquilo do que dormir com uma “almofada financeira”.
5 – Fazer um plano mensal de investimento
Ter as finanças no bom caminho significa investir, por pouco que seja. Ter o dinheiro parado dificilmente é um bom investimento. Parte do dinheiro que conseguir amealhar deve ser aplicado numa solução de investimento, que esteja de acordo com o seu perfil de investidor, de forma a criar valor.
Para investir nem sequer necessita de uma quantia elevada, já que existem fundos de investimento que permitem fazer planos mensais a partir de 25 euros. Para rentabilizar o dinheiro faça uma transferência automática da sua conta corrente, através de um débito direto, para evitar a tentação de se perder em gastos desnecessários em vez de canalizar os recursos para o sítio certo.
Literacia financeira e faturação
Quer na sua vida pessoal, como na sua vida profissional, nunca se esqueça que a literacia financeira é uma peça fundamental para atingir os seus objetivos e, por isso mesmo, não deve ser negligenciada ao longo da vida.
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