Já pensou em criar os seus próprios conteúdos digitais e ganhar dinheiro com isso? Os infoprodutos são um formato inovador de distribuição de informação, que permite a qualquer pessoa empreender ou escalar o seu já existente negócio.
A grande vantagem é que podem ser vendidos a toda hora e sem barreiras geográficas. Além disso, só tem o trabalho de os produzir uma única vez, mas pode rentabilizá-los vezes sem conta.
Este tipo de conteúdo digital serve para gerar mais tráfego para o seu site, aumentar o vínculo entre a marca e o público e gerar um maior volume de receita.
Por isso, neste artigo ensinamo-lo a criar infoprodutos, a identificar nichos lucrativos e a comercializar os seus conteúdos digitais eficazmente, de forma a que tire o máximo partido dos seus esforços.
O que são infoprodutos?
Os infoprodutos são produtos digitais, predominantemente educacionais, baseados na formação profissional e na experiência pessoal de quem os cria, o infoprodutor. Os infoprodutos são vendidos pela internet e desenvolvidos com o objetivo de resolver um problema ou uma preocupação do público.
Mais do que transmitir informação, os produtos digitais devem entregar valor aos utilizadores. Dicas, estratégias e conselhos úteis, que simplifiquem a vida do consumidor, são sempre uma mais-valia para ajudar a ultrapassar qualquer obstáculo que o impeça de avançar na sua vida pessoal ou profissional.
Os infoprodutos têm um enorme potencial económico, dado que requerem uma logística simples, em que os clientes podem efetuar a compra a qualquer hora do dia, em qualquer lugar do mundo, obtendo os produtos digitais instantaneamente, sem que o produtor tenha que intervir na transação.
Além disso, os infoprodutos têm uma ampla margem de lucro e são 100% escaláveis, pois é possível vender o mesmo curso para uma só pessoa ou para um milhão, sem que isso afete em nada a sua capacidade de distribuição.
De acordo com a Hotmart, os cinco nichos mais lucrativos, para venda de infoprodutos, são:
- Negócios e carreira;
- Finanças e investimentos;
- Animais e jardinagem;
- Educação;
- Saúde, beleza e bem-estar.
Tipos de infoprodutos
Existem uma grande variedade de infoprodutos, com características e utilizações diferentes.
Neste artigo, apresentamos-lhe doze. Analise cada um deles e determine qual o formato que mais se adequa ao seu negócio e público-alvo.
1. E-books
Destacando-se como um dos mais populares e eficazes formatos, os e-books são livros digitais de desenvolvimento simples e consumo fácil.
São ótimos lead magnets, entregues de forma gratuita, geralmente, em troca do email e/ou outros detalhes pessoais do lead, mas que detêm um grande potencial comercial.
Desde que se mostre útil e com conteúdo de qualidade, o e-book pode ser vendido a um preço acessível, servindo como porta de entrada para vender outros produtos ou serviços de maior valor.
2.Podcasts
Os podcasts são gravações de áudios, similares a programas de rádio, e podem englobar debates, entrevistas ou conversas mais ou menos informais sobre os mais variados temas. São uma excelente forma de dar visibilidade e autoridade à sua marca e a sua principal vantagem é a facilidade de consumo.
Os podcasts são ideais para quem gosta de estar a par das últimas novidades, mas quer otimizar o tempo. Então, ouvem o programa enquanto fazem outras atividades, como viajar, treinar, correr ou tratar dos afazeres de casa.
Um podcast de qualidade é ótimo para criar audiência e abrir portas à divulgação de outros produtos ou infoprodutos.
3. Cursos online
Com o mercado de e-learning a crescer, a criação, venda e compra de cursos online tem cada vez mais adeptos. O avanço da tecnologia tornou mais fácil o ensino e aprendizagem, demonstrando que a educação não tem barreiras, nem requer necessariamente uma sala de aula ou regime horário.
Criar um curso online requer um nível significativo de especialização no assunto e um bom investimento de tempo. Geralmente, num curso estão incluídos vários módulos, uma explicação aprofundada de diferentes tópicos e suporte escrito.
Para produzir um curso de qualidade, é preciso planeamento e dedicação, mas o retorno é vantajoso e com boas margens de lucro. Portanto, se já é especialista no que faz, porque não criar um curso online que lhe pode funcionar como uma fonte de renda passiva e, ainda, ajudá-lo a melhorar as suas vendas?
4. Webinars
Webinars são vídeos ao vivo, em formato de palestra, seminário ou workshop, que duram, por norma, entre uma a duas horas e que podem ser criados e disponibilizados para um público amplo com o mínimo de recursos.
Pode ser abordada uma grande panóplia de tópicos, dentro da sua área de negócio, desde que levem à conversão através da narrativa.
Explique aos espectadores como chegou até à sua área de trabalho, de que forma começou, quais os sucessos e fracassos ao longo do percurso, como alcançou o resultado final e como podem fazer o mesmo.
Os webinars têm uma boa taxa de engagement, dado que permitem que o público interaja com os oradores, algo que não acontece na maior parte dos demais formatos. São mais fáceis de organizar do que um evento presencial. E a sua grande vantagem é poder executá-lo uma única vez, gravá-lo e comercializá-lo várias vezes, sem precisar repetir todo o trabalho novamente.
5. Checklists
Não há quem não goste de ter a vida facilitada através de uma checklist completa, que funcione como um guia passo a passo para fazer algo. É por isso que as checklists são, também, muito utilizadas como lead magnet.
Por ser fácil de criar e consumir, a checklist é atrativa tanto para o produtor como para o cliente e, na verdade, qualquer assunto pode transformar-se numa checklist.
6. Comunidades
Numa comunidade, os clientes pagam uma assinatura mensal, semestral ou anual para ter acesso a um espaço com conteúdo privado valioso, dicas úteis, soluções e recursos para problemas ou questões que possam ter.
Neste formato, os módulos podem ser libertados de acordo com a frequência desejada, mas o acompanhamento tem de ser contínuo e dedicado.
As comunidades podem não trazer margens de lucro grandes no imediato, mas ajudam a construir autoridade e confiança na marca.
7. Newsletters
As newsletters são recursos digitais amplamente utilizados para criar e manter um relacionamento com o cliente, através de comunicações frequentes, que entregam conteúdo de valor ou ofertas.
E, por isso, pagar por uma newsletter pode soar estranho, já que sempre as recebemos gratuitamente. Na verdade, a dada altura eram tantos os folhetos digitais que chegavam à nossa caixa de email, que tivemos de começar a decidir quais as que realmente tinham pertinência.
Todavia, imagine que a sua newsletter é tão valiosa e consistente que as pessoas estão dispostas a pagar um valor, ainda que reduzido, pelo seu conteúdo? Seria mais uma forma de ter fluxo de caixa.
8. Templates
As pessoas que procuram modelos que simplifiquem os seus processos, estão disponíveis para pagar por templates bem feitos.
Se no seu dia a dia já tem metodologias de trabalho bem delineadas, com potencial para ajudar outras pessoas que se deparam com dificuldades semelhantes, porque não monetizar esses modelos?
Os templates são documentos pré-definidos, que podem ser editados e personalizados. Podem ser calendários, cronogramas, folhas de cálculo, currículos, modelos para redes sociais, entre muitos outros.
9. Ferramentas digitais
As ferramentas digitais não são propriamente infoprodutos focados na produção de conteúdo, mas antes programas, plugins, calculadora, etc., que servem para ajudar as pessoas na prática.
Por si só, as ferramentas não explicam os conceitos por trás delas, apenas facilitam a tarefa que as requerem. Daí que, as ferramentas sejam uma ponte de excelência para vender outros infoprodutos complementares.
10. Mentoria online
A mentoria online é um processo em que uma autoridade, de uma determinada área, fornece orientação, aconselhamento e suporte a alguém menos experiente, de forma virtual.
Neste tipo de infoproduto, há uma troca de conhecimento e de experiências, que ajudam o cliente a evoluir a nível profissional ou pessoal.
As mentorias são feitas com uma frequência definida e gravadas para consulta posterior. Por ser um formato em que o cliente tem mais acesso ao infoprodutor, tendem a ser produtos com um ticket muito maior.
A desvantagem deste tipo de infoproduto é que continua a trocar o seu tempo por dinheiro, o que limita a escalabilidade do seu negócio.
11. Screencasts
Os screencasts são vídeos que gravam o que acontece no visor do seu computador. São o método mais utilizado pelos profissionais que pretendem mostrar como funciona um software, por exemplo, pois assim conseguem mostrar detalhadamente o que fazer.
Os screencasts podem ser cobrados por tutorial ou assinatura mensal, e são utilizados para:
- gerar leads, através de tutoriais;
- reter clientes, com recurso a pequenos vídeos de introdução ao produto, que os ensine a dar os primeiros passos;
- vender, com demonstrações do produto;
e
- atrair tráfego, com vídeos cativantes nas redes sociais, em que não lucra propriamente com os vídeos, mas com as vendas que acontecem em consequência disso.
12. Kits
Os kits são grupos de produtos individuais vendidos em conjunto por um preço único. Basicamente, pode combinar e-books com aulas online, ferramentas, screencasts, entre outros.
Os kits são uma ótima forma de aumentar o ticket médio ao mesmo tempo que agrega valor para o comprador, que adquire o kit por um valor inferior à soma individual dos produtos que o constitui.
Como criar o seu infoproduto
Sem saber como dar o primeiro passo?
Nós explicamos-lhe como dar seis e criar o seu primeiro infoproduto.
1. Selecione um tema que domine
À partida, o seu infoproduto será um complemento da sua área de negócio, por isso, não haverá dificuldade na escolha do tema. Portanto, só precisa certificar-se de que cria a melhor oferta possível para resolver um problema ou ensinar algo novo, e de que as pessoas o desejam.
2. Identifique a audiência
O seu público-alvo pode não ser necessariamente o mesmo do seu negócio. Isso acontece quando o seu produto ou serviço é direcionado para o cliente final e o infoproduto pode ser mais indicado para profissionais da mesma área de atuação, que necessitam ajuda na organização e gestão dos processos.
Por isso, identifique a sua audiência, os seus gostos e preferências, e a forma preferencial de consumo da informação. Adapte a comunicação ao seu público-alvo e defina uma escada de valor de produtos complementares, que criem a necessidade do próximo nível da escada.
3. Defina o formato mais adequado
Vimos, acima, que existem pelo menos doze tipos de formatos possíveis para desenvolver infoprodutos. Como não é possível comercializá-los a todos em simultâneo, com base no seu público-alvo, determine quais os infoprodutos mais úteis e adequados para o consumidor.
4. Analise o mercado
Estude o mercado e descubra o que já existe na sua área de atuação, qual o desempenho de cada infoproduto e que estratégias que têm gerado resultados para a sua concorrência. Aprenda com outros negócios que tenham sido bem-sucedidos na criação de infoprodutos, inspire-se e inove.
5. Venda o seu infoproduto antes de criá-lo
Um dos maiores erros que os novos criadores de infoprodutos cometem é criar o curso e só depois vendê-lo. No entanto, isso impede-os de testar se é algo que os potenciais clientes realmente querem.
Por isso, comece por lançar uma parte do programa, como o primeiro módulo de um curso. Veja se isso suscita interesse no público e se, efetivamente, consegue angariar clientes. Depois de ter os seus primeiros compradores, pode então continuar a criar o resto do curso.
Claro que, para divulgação da oferta, já é necessário ter uma estrutura pensada, para que possa apresentar a sua ideia de forma consistente, clara e atrativa.
Outra hipótese é recolher leads ou usar uma lista de contactos para questionar diretamente quais as dores e interesses da sua audiência e, assim, conseguir formular a melhor oferta.
6. Entregue conteúdo valioso
Depois de ter o nicho e público-alvo bem definido, formato decidido e informação relevante sobre o que procura o consumidor, já só precisa trabalhar o seu produto final, de modo a entregar a transformação que o cliente ambiciona profundamente.
Lembre-se, o que torna o seu conteúdo mais valioso é a sua visão única, experiências, histórias e maneira de pensar e de executar, que o levou à posição de especialista.
Como vender o seu infoproduto
Para quem chega ao mundo dos infoprodutos, o mais comum é criar um site, criar uma lista de email e, depois de algum tempo, criar um infoproduto e tentar vendê-lo. Todavia, o caminho é mais longo.
A forma de vender o seu novo produto digital está dependente da autoridade e reconhecimento da marca, o que, consequentemente, engloba os seus conhecimentos, reputação, tamanho do público e modelo de negócios.
No entanto, existem vários aspetos que não podem falhar, como:
- A estruturação de uma página de vendas persuasiva, que inclua os benefícios do infoproduto, as vantagens sobre os concorrentes, os canais de apoio, as formas de pagamento e reembolso, testemunhos e discriminação da oferta.
- A elaboração de uma estratégia de marketing, que comunique de maneira clara todos os benefícios entregues pelo seu infoproduto ao público. Entre as principais estratégias utilizadas por infoprodutores de sucesso, destacam-se o marketing de afiliados, o marketing de influência, os anúncios de redes sociais, Google ads, email marketing e otimização para motores de busca (SEO).
Existem, ainda, duas formas de vender infoprodutos:
- O modo perpétuo, cujo discurso é mais focado nas dores e necessidades do cliente e o infoproduto está disponível para compra o ano todo.
- E o modo lançamento, em que as vendas estão limitadas a um curto espaço de tempo. Este modelo trabalha os gatilhos da escassez e da urgência, levando o consumidor a adquirir o produto imediatamente, caso contrário perderá a oportunidade e terá que aguardar até nova abertura do carrinho.
Principais plataformas para venda de infoprodutos
Para distribuir os seus produtos, poderá desenvolver um site próprio ou utilizar uma das plataformas já existentes.
Sobretudo para quem está a começar, a segunda hipótese é a mais interessante, pois consegue começar a distribuição com a máxima brevidade, sem perder tempo com processos burocráticos.
Algumas das principais plataformas são.
Assim que os seus infoprodutos se tornarem rentáveis e, de forma a que a sua faturação não seja um obstáculo ao desenvolvimento de mais conteúdos digitais, utilize o software de faturação certificado InvoiceXpress.
Através dos plugins disponíveis, ou da sua API, poderá integrar a emissão de faturas da venda dos seus infoprodutos, automatizando assim o processo de faturação ao mesmo que tempo que escala o seu negócio.