Incentivos financeiros para empresas

Se pensa criar a sua própria empresa ou desenvolver novas áreas de negócio, conheça alguns dos programas de incentivo financeiro que estão disponíveis em Portugal.

Já tem uma ideia de negócio consolidada? Ou procura apoio para desenvolver novas áreas de actividade? Listámos alguns dos incentivos financeiros disponíveis assim como programas de apoio à criação do próprio emprego.

![Incentivos financeiros para qualquer negócio](/assets/blog/2015-03-17-incentivos-financeiros-empresas/incentivos.png “Incentivos financeiros para qualquer negócio”)

# Apoio à criação do próprio emprego por beneficiários de prestações de desemprego
Este programa do IEFP consiste em apoiar projectos de quem esteja a receber subsídio de desemprego ou subsídio social de desemprego inicial, adiantando total, ou parcialmente, o valor das prestações a que tem direito. Cada projecto tem de ser economicamente viável e o posto de trabalho do candidato tem de estar assegurado a tempo inteiro pelo projecto, não podendo acumular a actividade financiada com outra que seja remunerada.
Este apoio financeiro permite também acumular um crédito com garantia e bonificação da taxa de juro através das linhas MICROINVEST e INVEST+.
Está também disponível apoio à criação e consolidação dos projectos, desde o acompanhamento do projecto aprovado, à gestão, consultoria e operacionalização da iniciativa.

Mais informações em Programa de Apoio ao Empreendedorismo e à Criação do Próprio Emprego – PAECPE (PDF).

# Apoio à criação de empresas
Também sob a alçada do IEFP, este apoio destina-se à criação de pequenas empresas com fins lucrativos através do acesso à linha de crédito MICROINVEST e INVEST+ com garantia (no quadro do sistema de garantia mútua), e bonificação da taxa de juro. Este financiamento é concedido por instituições bancárias.
Destina-se a inscritos nos Centros de Emprego há 9 meses ou menos em situação de desemprego involuntário ou inscritos há mais de 9 meses independente do motivo; jovens entre os 18 e 35 anos à procura do primeiro emprego com nível 3 de qualificação e que não tenham tido contrato de trabalho sem termo; quem nunca tenha exercido actividade profissional por contra própria ou de outrém; e trabalhadores independentes cujo rendimento médio mensal (no último ano de actividade) seja inferior ao ordenado mínimo.
Durante os dois primeiros anos de actividade é possível beneficiar do Apoio Técnico à Criação e Consolidação de Projectos: acções de formação na área da gestão, consultoria e operacionalização da iniciativa.

Consulte a Ficha Síntese (PDF) deste apoio para mais detalhes.

# Um pouco mais sobre o MICROINVEST e INVEST+
Estas duas linhas de crédito são resultado de um protocolo entre a CGD, o IEFP, a Sociedade de Garantia Mútua (SGM) e a Sociedade de Investimento (SPGM), com o objectivo de promover a criação de empresas/emprego próprio por jovens ou empresas privadas. O MICROINVEST e o INVEST+ são créditos com prazos alargados de pagamento (84 meses, e 24 meses de carência) e taxa de juro bonificada (Euribor 30 dias + 0,25% com mínimo de 1,5% e máximo de 2,3%).
O MICROINVEST aplica-se a financiamentos até 20 mil euros, garantidos a 100%.
O INVEST+ financia operações dos 20 mil aos 100 mil euros, com garantia a 75%. Este financiamento está limitado a 95% do investimento global e não pode ultrapassar os 200 mil euros.

Informações sobre os beneficiários, condições gerais de acesso, e como apresentar a candidatura podem ser consultadas junto do IEFP ou no site da Caixa Geral de Depósitos.

# Programa Nacional de Microcrédito
O objectivo desta iniciativa é fomentar a criação de emprego e o empreendedorismo entre as populações com maiores dificuldades de acesso ao mercado de trabalho. Destina-se a indivíduos e microentidades/cooperativas até 10 trabalhadores que estejam em risco de exclusão social e apresentem projectos viáveis de criação de postos de trabalho. Estas candidaturas beneficiam dos apoios previstos na linha de crédito MICROINVEST e devem ser apresentadas à Cooperativa António Sérgio para a Economia Social (CASES), entidade parceria do IEFP neste programa de apoio. O apoio ao desenvolvimento do projecto é prestado durante os dois primeiros anos de actividade por entidades que integram a CASES ou autarquias credenciadas pelo IEFP. A idade mínima de candidatura é de 16 anos e o projecto não pode envolver a criação de mais de 10 postos de trabalho.

Saiba como aderir a este programa no site oficial Sou Mais ou na Ficha Síntese (PDF) no IEFP.

# Investe Jovem
Consiste no apoio financeiro ao investimento e à criação de empresas e de próprio emprego por jovens desempregados entre os 18 e 30 anos, inscritos no IEFP, englobando consultoria técnica para reforço de competências. No apoio ao investimento, os requisitos são apresentar um investimento entre 2,5 e 100 x IAS (419,22€); viabilidade técnico-financeira e não incluir, no investimento a realizar, a compra de capital social. O apoio financeiro vai até 75% do investimento total elegível, sendo 10% da verba total capital próprio. Este empréstimo não tem juros e é amortizável no prazo de 54 meses. Para a criação do próprio emprego, o apoio é sob a forma de subsídio não reembolsável até 6 x IAS por destinatário promotor, até ao limite de quatro postos de trabalho objecto de apoio.
O apoio técnico é prestado pelo IEFP e pela Rede de Entidades Prestadoras de Apoio Técnico (EPAT).

Consulte a Ficha Síntese do Programa Investe Jovem (PDF) disponibilizada no site do IEFP.

# Social Investe
Este programa de apoio à Economia Social, promovido pela Cooperativa António Sérgio para a Economia Social (CASES) e pelo IEFP, consiste numa linha de crédito bonificada garantida aplicável a entidades do sector social. Destina-se a IPSS’s, mutualistas, misericórdias, cooperativas, associações de desenvolvimento local e outras entidades sem fins lucrativos. Esta iniciativa serve dois eixos: reforço da actividade em áreas existente ou novas áreas, assim como a modernização dos serviços, da gestão e reforço da tesouraria.

# Portugal 2020 (antigo QREN)
Este programa está em vigor de 2014 a 2020 e substitui o QREN – Quadro de Referência Estratégico Nacional. Até 2020, Portugal vai receber 20 milhões de euros que servirão para impulsionar exclusivamente PME’s na produção de bens/serviços e nas exportações, em quatro áreas temáticas Competitividade e Internacionalização, Inclusão Social e Emprego, Capital Humano, e Sustentabilidade e Eficiência no Uso dos Recursos.
O Portugal 2020 vai ser posto em prática através de 16 programas operacionais, com várias datas de candidaturas (aconselhamos a leitura da FAQ – Tema 2 Apresentação de Candidaturas). Nos projectos de candidatura conjunta à internacionalização, o financiamento tem um tecto máximo de 7,5 milhões de euros. Cada empresa que se candidate individualmente pode obter até 100 mil euros a fundo perdido.
No Balcão 2020 encontrará informação sobre os financiamentos disponíveis para o período 2014-2020 e todos os requisitos para apresentação de candidatura e acompanhamento do seu projecto.

Consulte também a apresentação do programa no documento Portugal 2020: Objectivos, Desafios e Operacionalização (PDF).

# Micro Crédito – ANJE|CGD
Financiamento para projectos jovens e de pequena dimensão, cujos promotores tenham até 40 anos. O montante máximo do empréstimo é de 50 mil euros com prazo de pagamento até 72 meses. Destina-se à criação do próprio emprego, e/ou expansão e modernização do negócio, aplicável também a sociedades recentemente constituídas ou em processo de constituição.
Esta é uma linha de crédito da Caixa Geral de Depósitos, em parceria com a ANJE, num modelo de empréstimo mútuo ou abertura de crédito simples.

# Crédito ao Investimento – Associação Nacional de Direito ao Crédito (ANDC)
O objectivo é apoiar empreendedores que não têm acesso ao crédito bancário normal e não têm incidentes bancários activos. São candidatos os desempregados, jovens à procura do primeiro emprego e trabalhadores em regimes precários. O montante máximo que pode solicitar é de 15 mil euros e pode acumular com outros financiamentos públicos. A verba deve ser utilizada para a constituição e arranque do negócio. A ANDC é um projecto apoiado pelo IEFP e que também facilita o acesso ao MICROINVEST.

Visite o site oficial para mais informações e saiba como obter este financiamento pela ANDC.

# Links úteis:

* +e+i – O Programa Estratégico para o Empreendedorismo e Inovação oferece um Guia Prático do Empreendedor e uma rede nacional de mentores.

* IAPMEI – A Agência para a Competitividade e Inovação, I.P., incentiva empresas que actuam nas áreas tuteladas pelo Ministério da Economia, exceptuando o Turismo. Recomendamos a consulta do Sistema de Incentivos Fiscais à I&D II (SIFIDE), recentemente prorrogado até 2020, e dos Incentivos Fiscais ao Investimento Nacional.

* Compete 2020 – No âmbito do novo Portugal 2020, o Programa Operacional Factores de Competitividade disponibiliza três sistemas de incentivos: Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico nas Empresas (SI I&DT); Sistema de Incentivos à Inovação (SI Inovação); e o Sistema de Incentivos à Qualificação e Internacionalização de PME’s (SI Qualificação PME). O IAPMEI é a entidade responsável pela gestão do SI Qualificação PME.

* ANJE – A Associação Nacional de Jovens Empresários divulga sistemas de incentivo ao empreendedorismo, e fornece desde o aconselhamento inicial à internacionalização das empresas. Visite o Balcão Virtual da Loja do Empreendedor.

* Portal da Empresa – Com um novo nome, o Portal do Cidadão apresenta informação sobre os serviços necessários para exercer actividades económicas em território nacional na área da criação, gestão, expansão e extinção de empresas.

* Programa Revitalizar – Fornece apoio legal e financeiro para promover o crescimento e expansão de PME’s através de capital de risco.

* Portugal Ventures – O programa de ignição Call For Entrepreneurship (PDF) dá acesso a investimento de capital de risco de projetos de base científica e tecnológica em fase embrionária.

* Banco de Inovação Social (BIS) – Este fundo financeiro, promovido pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, apoia a criação e desenvolvimento de negócios e/ou empresas sociais através do Programa de Apoio às Empresas Sociais (PAES).

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