Usar imagens exclusivas nos seus conteúdos tem muitas vantagens. No entanto, o processo criativo associado tem algumas “regras” que é importante conhecer para que o resultado seja realmente único. Neste artigo explicamos, com a ajuda de um designer, como pode enriquecer o seu conteúdo.
![Imagens exclusivas](/assets/blog/0816/imagens-exclusivas.png)
Além da designação e dos conteúdos da sua empresa, também o lado gráfico da comunicação deve ser o mais exclusivo possível. Isso inclui logótipos, estacionário e toda a comunicação que fizer.
No entanto, por razões de economia de recursos, os Bancos de Imagens têm vindo a ganhar cada vez mais popularidade. Apesar de serem úteis em questões pontuais, não os devemos ver como fonte para todos os conteúdos gráficos. Com catálogos quase infinitos, é fácil e cómodo encontrar uma imagem que se aproxime o suficiente daquilo que procura. No entanto, algures pelo caminho, vai perder a exclusividade.
A imagem que escolheu para a sua homepage pode também ser usada no painel do consultório do seu dentista, na lateral de um autocarro ou na fachada de um prédio.
É por isso que, no InvoiceXpress, tentamos ao máximo utilizar imagens exclusivas, criadas internamente pelos nossos designers, garantindo assim que a nossa identidade visual se mantém única e autêntica. É a melhor forma de garantir uma imagem de marca forte e robusta.
Assim é muito mais fácil controlar a coerência visual em todas as nossas peças de comunicação.
Para que fique a conhecer o processo por detrás da criação de uma imagem exclusiva que usámos na campanha de Natal de 2015, e para que possa aplicá-lo à sua própria empresa, convidei um dos nossos designers da casa e responsável por grande parte das imagens que, de há um ano para cá, acompanham os conteúdos do InvoiceXpress, o Pedro Nogueira, a partilhar o seu processo criativo.
# Pedro, onde começou o teu processo que te havia de levar a esta imagem final?
![Campanha de Natal 2014](/assets/blog/0816/imagens-exclusivas7.png)
Pedro: Bom, na verdade não é fácil dizer onde tudo começou porque o processo começa sempre de forma natural, em conversas com outros membros da equipa sobre, neste caso, o Natal.
Lembro-me que nesta campanha, em conversas com a Lúcia, copywriter, e o Fernando, head of lead generation, procurei encontrar formas de representar símbolos natalícios que fugissem às mais conhecidas, mais “batidas”. Como é um tema recorrente todos os anos, é necessário procurar ângulos diferentes e pontos de vista menos explorados para que as imagens não “soem” repetitivas. A minha memória e o Google também ajudam bastante nesta fase.
A ideia é ter algo mais “raro” para se destacar do que é habitual e, por isso, acaba por ser mais memorável.
Normalmente é por aí que tudo começa. Por uma fase profunda de pesquisa e de troca de ideias com colegas numa sessão de brainstorming, onde não existem “nãos” nem julgamentos e onde apontamos todas as ideias faladas.
# Depois da pesquisa, como usas a informação que recolhes?
Pedro: Depois começam os “rabiscos”. Pequenos esboços, feitos sem grande rigor no traço, apenas para explorar enquadramentos, ângulos e outros pormenores.
Isso ajuda-me logo a perceber se a ideia é “viável” ou não.
É um pouco como pensar em voz alta, onde a voz é substituída por riscos numa folha de papel. Nesta fase, surgem muitas ideias. A quantidade é amiga da qualidade.
![Esboços](/assets/blog/0816/imagens-exclusivas1.png)
Muitas ideias criadas nesta fase são descartadas mas, no fundo, todas nos ajudam a chegar à ideia final.
Nesta campanha de Natal, por exemplo, lembrámo-nos de explorar a ideia das cartas que normalmente são escritas ao Pai Natal.
![Carta ao Pai Natal](/assets/blog/0816/imagens-exclusivas2.png)
Seria uma carta onde alguém pedia ao Pai Natal o InvoiceXpress mas depois esbarrámos numa pequena inconsistência na lógica de comunicar a nossa promoção num pedido, o que poderia criar alguma confusão na mensagem. Acabámos por não usar essa ideia como peça central da campanha, mas ainda adaptámos o conceito base para material de suporte em Google Adwords e Facebook Ads.
# E o que fazes quando sentes que a ideia ainda não “está lá”?
Pedro: Bom, aí o “truque” é procurar inspiração nova. Abrir a mente e ver coisas diferentes que nos ajudem a olhar para o tema com outros olhos.
Nesta campanha de Natal, a meio do processo, sentimos que nenhuma das ideias em cima da mesa era “digna” de ser a peça central da comunicação. Por isso, juntámos a equipa e visitámos uma loja onde haviam artigos de Natal à venda.
Demos uma vista de olhos e fomos trocando impressões. Para mim, os padrões e as ilustrações ajudam-me a tirar ideias de possíveis formas de representar a estética natalícia. Mas mais do que isso, os artigos que encontrámos ajudaram-nos a encontrar o conceito de comunicação que queríamos.
![Artigos de Natal](/assets/blog/0816/imagens-exclusivas3.png)
Foi assim que chegámos ao conceito da loja do Pai Natal que acabámos por utilizar na imagem principal.
E se em vez de um trenó para distribuir presentes, o Pai Natal tivesse uma loja de rua e usasse o InvoiceXpress para emitir as suas facturas? Como seria? A verdade é que a fonte de inspiração para essa ideia veio de umas casinhas que vimos nessa loja que visitámos.
É esse momento “Eureka” que queremos quando procuramos inspirações. A partir daí, parece que tudo se resolve por arrasto.
# E quais os passos que se seguem a esse… momento “Eureka”?
Pedro: Primeiro volto ao bloco para “rabiscar” a ideia. Esse é sempre o ponto de partida. É a melhor forma de, em 3 ou 4 minutos, ter uma noção de como podemos materializar essa ideia.
![Esboços no bloco](/assets/blog/0816/imagens-exclusivas4.png)
Depois de ter uma vaga ideia de como vai ficar a estrutura da imagem, ou layout, passo para o computador onde traço os diferentes elementos, com mais atenção ao detalhe, às posições e às dimensões.
Aqui experimento várias versões de layout para ver qual delas resulta melhor, tendo em conta a estética, a leitura e a percepção da ideia como um todo.
![Esboços no computador](/assets/blog/0816/imagens-exclusivas5.png)
Depois de várias hipóteses, e depois de trocar impressões com os outros membros da equipa, chegamos a um layout final. A partir daqui, é uma questão de desenhar os elementos que compõem a imagem, fazer estudos de cor e de tipografia.
![Esboço final](/assets/blog/0816/imagens-exclusivas6.png)
Nesta fase, há ainda espaço para filtrar alguns dos elementos que inicialmente faziam sentido. É como se costuma dizer, “até ao lavar dos cestos é vindima”.
![Layout final](/assets/blog/0816/imagens-exclusivas7.png)
Na criação de imagens, há sempre pequenas arestas a limar e no processo criativo, desde que não se interfira com o conceito definido, nada é definitivo.
Bom, na verdade, se entretanto surgir um conceito melhor, e o deadline o permitir, vamos sempre a tempo de mudar tudo.
Depois de criada a imagem da campanha, pode valer a pena olhar para os esboços que se fizeram pelo caminho e ver se é possível derivar alguma ideia para os materiais de suporte.
Nesta campanha fizemos isso mesmo. Usámos elementos que surgiram durante todo o processo e enquadrámo-los em pequenas peças secundárias para que a comunicação tivesse um ar mais variado.
![Peças secundárias](/assets/blog/0816/imagens-exclusivas8.png)
# Para terminar, tens algum conselho para quem não faça ilustrações e não tenha um designer à mão para ajudar na criação de imagens exclusivas para a sua empresa?
Pedro: Depende da estrutura da empresa. Deve-se recorrer sempre a um designer profissional para que os resultados finais tenham qualidade. Além disso, um designer também oferece a garantia que não terá problemas acidentais de infracção de direitos de autor.
Claro que empresas pequenas podem não ter dimensão suficiente para contratar um designer a tempo inteiro. Mas há sempre a possibilidade de contratar os serviços de um designer externo à empresa, em regime de freelancing, que pode ajudar em projectos pontuais.
O importante é ter alguém qualificado a cuidar da imagem gráfica da empresa.
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Agora que já conhece o processo da criação de uma imagem exclusiva e dos benefícios que isso traz à sua empresa, invista na criação de imagens e conteúdos exclusivos.
Resta-me deixar um obrigado público ao designer Pedro Nogueira, por ter aceite o meu convite para partilhar consigo o seu processo criativo.