– O que achas: compramos ou alugamos equipamento?
– Hum, não, vamos antes alugar, acho que é melhor, menos dispendioso!
– Mas pelo menos, no futuro, já teríamos material para usar novamente, não concordas?
– E será que compensa financeiramente, tendo em conta a nossa dimensão e o facto de estarmos ainda a dar os primeiros passos enquanto empresa?
Este é um diálogo simulado mas, acredite, torna-se real sempre que esta questão se coloca: comprar ou alugar equipamento, o que faz mais sentido para o negócio?
Os próximos parágrafos tentarão responder a esta pergunta, sabendo de antemão que diversos fatores condicionam a opção por um ou outro caminho. Ambos válidos sempre que aplicados corretamente e tendo em conta a atual e futura conjuntura da organização.
Comprar ou alugar equipamento? Fatores de decisão
Custo-benefício: o eterno dilema
Ponto prévio: todas as empresas ou até freelancers gostam de ter equipamento de ponta. O último grito tecnológico, dirão alguns.
Porém, antes de fechar qualquer negociação para compra de material, é importante que tenha bem presente todos os custos previstos a curto, médio e longo prazo. Este é um primeiro passo para perceber até que ponto aquele investimento não irá prejudicar a tesouraria da firma.
Se, por exemplo, optar pela compra, tenha sempre em consideração aspetos como a manutenção do material, tempo estimado de vida útil e, se for o caso, preço de venda quando aquele deixar de ser necessário. Ponderados estes pontos, compare os valores com as mensalidades do aluguer — caso, claro, este ultrapasse a duração de um mês — e frequência de utilização.
Atualmente, muitos dos materiais adquiridos são de origem digital/eletrónica e, por isso, bastante dependentes da tecnologia que os suporta. Este é, aliás, um ponto sensível, já que a atualização dos equipamentos é vital para a ideia de compra ou aluguer. A novidade, já se sabe, é cobrada a preço maior no mercado.
Nesta situação, e caso a sua empresa/negócio dependa bastante de uma atualização constante de equipagem, a compra acabará por fazer mais sentido. Mais ainda se esta trouxer benefícios junto do público e/ou clientes.
Há, porém, o reverso da medalha: para equipamentos que têm uma probabilidade elevada de perda, dano ou estrago o melhor é apontar baterias para o aluguer.
O setor audiovisual é, apenas para citar o exemplo de uma área de atividade, dos que mais utilizam esta estratégia. Para aligeirar ainda mais este caminho, existe, geralmente, um seguro — quase sempre obrigatório — que faz com que o empreendedor ou pequena empresa não tenha de arcar com eventuais danos que, lá está, poderiam trazer prejuízos robustos à operação.
Valor de mercado e garantias financeiras
Vamos supor que adquiriu o equipamento. Nesta situação, é absolutamente fundamental que calcule o seu valor projetando a natural desvalorização no mercado paralelamente ao tempo que o pretende manter em sua posse.
Há, também, outro aspeto a ter em conta: o património da empresa. Esta é uma vantagem natural de qualquer organização, tanto a nível de expansão como de diferenciação no setor onde atua.
Relevante é igualmente a noção de que o investimento de um grande volume de capital apenas deve suceder quando a empresa gozar de uma posição sólida no mercado em que opera. E porquê? Porque é neste estádio que o poder de atração de novos clientes é maior e a garantia de retorno do investimento é, também ela, mais elevada.
Em casos como as startups, que geralmente são alvo de investimentos bastante robustos, muni-las de equipamento adquirido faz sentido, desde que o negócio não seja de risco e haja uma enorme procura externa.
Nas empresas de inovação, dependentes de um imenso capital humano, opta-se, na maioria das vezes, pelo aluguer, tanto do espaço físico, como dos equipamentos.
Custos de manutenção
À manutenção de equipamento, associamos alguém, profissional, a deslocar-se ao local de trabalho para consertar material estragado. Porém, hoje, mais do que nunca, esta situação coloca-se, sim, mas de uma forma diferente. E a “culpa” é da tecnologia.
Muitos dos problemas a ela ligados têm que ver com o conhecimento que a massa humana da firma pode resolver. É, por esse motivo, que os equipamentos tecnológicos necessitam de manutenção e cuidados regulares para garantir o seu bom uso.
Assim, ao projetar os custos com a manutenção dos materiais, deverá ter em mente a necessária mão de obra especializada para executá-la. Ter, no seio da companhia, profissionais capazes de prestar este serviço é altamente positivo, podendo efetuar este tipo de trabalho sem que procure fora por um especialista.
Maturidade da empresa
A dimensão e a expetativa de crescimento da sua empresa são pontos fulcrais para melhor elaborar uma estratégia de investimento em equipamento. É por essa razão que antes da sua compra ou aluguer deve perceber, sem margem de erro, em que estádio se encontra o negócio no mercado em que atua.
Se estiver a dar os primeiros passos ou, até, a enfrentar um período de transição, pode ser mais segura a “opção alugar”, podendo até ser possível acionar um período de teste para que possa avaliar melhor o desempenho alcançado com a operação.
Por outro lado, e caso a sua empresa tenha liquidez para proceder à compra de equipamento, também pode mitigar esse investimento vendendo material que deixou de ser necessário para as operações que o seu negócio necessita no mercado atual.
Vantagens na Compra de Equipamento Novo
- Garantia de vários anos de manutenção;
- Possibilidade de ter o último grito tecnológico do mercado;
- Acrescenta património à empresa;
- Atração de clientes devido à capacidade de investimento em novo material.
Vantagens no Aluguer de Equipamento Usado
- Menor investimento inicial;
- Não existe necessidade de manutenção;
- Vantajoso em ações em que o equipamento não será necessário a médio/longo prazo;
- Não existe preocupação com a desvalorização do material.
O que é, então, o melhor para o seu negócio?
Acreditamos que a leitura deste artigo tenha aclarado alguns pontos menos óbvios relativamente a este assunto. Se assim foi, avance na direção que mais proveitos trará à sua empresa. Quer passe pela compra ou pelo aluguer de equipamento.