Já por duas ocasiões que a equipa do InvoiceXpress teve a oportunidade de fazer formações com o coach Jorge Coutinho. A primeira foi sobre Team Building e a segunda focou-se na revisão da missão e valores da RUPEAL, empresa a que pertencemos. A lição mais importante que tirámos é que todo este trabalho começa dentro de cada um de nós. E quisémos falar com o Jorge para saber porquê.
![Jorge Coutinho da be:coach](/assets/blog/2015-11-05-coaching-empresarial/jorge-coutinho.jpg “Jorge Coutinho da be.coach”)
O coaching está na moda, mas não é para estar na moda que fazemos coaching. O Rui Alves, fundador da RUPEAL e quem criou o InvoiceXpress, sempre fez este tipo de formações e, sempre que é pertinente, estende-as à equipa ou “encomenda” outras de raíz. No nosso caso, como o Jorge também é utilizador do InvoiceXpress, conhece bem a equipa e, por isso, cada formação é ainda mais direccionada para aumentar a excelência do serviço que prestamos. Para nós, estas são oportunidades de desenvolvimento de competências profissionais e pessoais que agradecemos.
Fazendo mais ou menos ressonância em cada um de nós, a verdade é que nunca terminámos uma formação sem nos questionarmos, sem nos reavaliarmos, sem repensarmos a forma como vemos a nós próprios e ao outro, sozinhos e em equipa. E o objectivo é mesmo esse: provocar o pensamento. “A minha função é essa, causar ruído”, diz o Jorge, – E nós confirmamos que se cria muito ruído.
Por isso, não nos lembramos de ninguém melhor do que ele mesmo para partilhar convosco, na primeira pessoa, o que faz, porque o faz, o que o motiva e o impacto deste tipo de trabalho num contexto empresarial.
# Como é que defines o que tu fazes e quais são as tuas áreas de actuação?
O que eu faço, de uma forma muito simples, é ajudar pessoas. Ajudar pessoas a encontrarem-se a elas, à sua essência. De uma forma mais formal, o que faço passa por coaching, palestras e formação. No coaching trabalho com executivos de topo que pretendem desenvolver as suas skills como líderes e com todas aquelas pessoas que pretendem elevar a sua vida para o próximo nível de sucesso, sendo que sucesso é o que sucesso representa para cada um de nós.
# Onde e como é que o papel de um coach se encaixa numa organização empresarial?
Eu diria que em todo o lado e sempre. Já existem organizações onde o papel do Coach é fundamental e preponderante. Porquê? Cada vez mais os mercados exigem das empresas e dos executivos mais acção e mais resultados: mais acção e mais resultados geram mais pressão, mais pressão gera stress e stress gera desequilíbrio emocional. É aqui que o papel do Coach entra. Ao estar de fora, consegue ter uma intervenção neutra junto do Coachee (cliente), ajudando-o a desenvolver o seu coeficiente emocional, criando assim recursos para melhor gerir tempo, acções, prioridades, comunicação, etc.
![Em Março tivemos o Bootcamp, uma acção de Team Building](/assets/blog/2015-11-05-coaching-empresarial/team-building-bootcamp.png “Em Março tivemos o Bootcamp, uma acção de Team Building”)Em Março tivemos o Bootcamp, uma acção de Team Building
# O Jorge Coutinho é mais do que um coach, és inseparável do “pai abençoado numa Missão Côderosa”. Como é que esta missão dá sentido ao teu trabalho?
O Jorge Coutinho, como todos nós, tem muitas identidades (de notar que não me considero esquizofrénico!!! Eheheheh). Ter tido a benção de SER o Pai, ou o Papi da Nonô, como ela me chamava, é uma delas e, como colocas bem, é inseparável de mim e do que sou hoje em dia. A Nonô foi provavelmente das coisas mais importantes e impactantes que me aconteceu na vida. A forma como ela viveu foi uma vitória e uma lição de vida para quem conviveu de perto (e de longe) com ela. Sempre fui uma pessoa espiritual, e quando fui assolado pela notícia do cancro da Nonô, acreditei desde o início que era algo que fazia parte da sua Missão entre nós. E que essa missão era uma de duas: vencer a doença e ficar entre nós e inspirar-nos com a sua história, ou vencer a doença com a forma como viveu a sua curta vida e deixar-nos um legado. Um legado de AMOR. É esse legado que hoje me inspira todos os dias a ser mais e melhor enquanto ser humano reflectindo-se isso no que faço a nível profissional (e pessoal).
# Como é que conheceste o Rui Alves e a RUPEAL?
Foi o Rui que me conheceu! O Rui participou o ano passado num evento em Fiji do Anthony Robbins, o Life Mastery. Nesse evento, conheceu o meu Coach, que lhe falou de mim como sendo português e também Coach da Organização Anthony Robbins. Como em parte do pacote do Mastery University, do qual o Life Mastery faz parte, estavam incluídas sessões de Coaching, o Rui pro-activamente adicionou-me no LinkedIn e enviou-me uma mensagem. Daí nasceu primeiro uma relação profissional e em consequência uma relação de admiração mútua e amizade.
# Usando a RUPEAL como exemplo, qual é o teu processo de trabalho habitual?
Excelente questão…. tal como aconteceu com a RUPEAL, cada cliente é UM cliente. Ou seja, cada projecto é “tailor made”. Passa por entender onde o cliente se encontra, onde pretende estar e o que lhe falta para lá chegar. Depois é desenvolvido internamente um processo à medida que pode passar por coaching individual, coaching em equipa, coaching no terreno e formação.
# Independentemente do tipo de formação ou coaching que te peçam para orientar, quais são os objectivos transversais a todas elas?
O meu objectivo é sempre o mesmo: servir o cliente. Dentro desse objectivo encontram-se então os objectivos do cliente, e a minha função como Coach é levar o meu cliente a desenvolver da forma mais efectiva os recursos necessários para os alcançar eficientemente.
# Porque é que a intervenção de um coach numa empresa é importante?
Ao ser um elemento externo à empresa não estou na “roda de ratos” e consigo ter uma percepção externa e isenta de ruído sobre toda a dinâmica da empresa. E o não ter laços de ligação permite-me também ter uma intervenção em termos de Coaching e feedback de forma a criar “desconforto na zona de conforto”. Isso provoca movimentação, ruído e até uma certa “crise de identidade”, levando a empresa, em casos extremos, a questionar a sua cultura e a reinventar-se. Quando isso acontece dá-se um salto quântico em termos de evolução da empresa e dos seus colaboradores.
![Em Outubro fizemos a revisão da missão e valores da empresa](/assets/blog/2015-11-05-coaching-empresarial/missao-valores-empresa.png “Em Outubro fizemos a revisão da missão e valores da empresa”) Em Outubro fizemos a revisão da missão e valores da empresa
# Quando dizes que a tua função é “criar ruído” é porque tens medo que as empresas se tornem demasiado egocêntricas e se deixem estagnar?
Ao criar ruído, a minha função é colocar tudo em causa: levar a empresa a questionar o seu status quo e o seu posicionamento no mercado. O hábito do ser humano, e as empresas são constituídas por seres humanos, é culpar factores externos ao invés de assumir a responsabilidade e fazer diferente. É muito comum ouvir desculpas e “estórias” de porque não fazemos isto ou somos aquilo. A única coisa que impede uma empresa de crescer, desenvolver e ter sucesso é a estória que os seus líderes contam para justificar determinada situação. Ao criar ruído, o meu objectivo é colocar em causa essas desculpas e essas histórias, levar os líderes a fazerem perguntas diferentes, de mais qualidade. Ao fim ao cabo, mudar o foco do problema para a solução.
# Afunilando da RUPEAL para o InvoiceXpress, já que nos confias a tua facturação e que toda a equipa já fez formação contigo, como te sentes enquanto nosso cliente?
Foi curioso, ou não, pois acredito que não existem coincidências, que quando conheci o Rui e a RUPEAL estava precisamente à procura de um software online de facturação. Tinham-me roubado o Mac e estava decidido a aprender com o “erro”: ter toda a informação disponível online.
Confesso que embora tenha por norma não criar expectativas, o InvoiceXpress surpreendeu-me acima de tudo pela facilidade com que se cria e emite uma factura (normalmente demoro mais tempo a conferir a factura do que a emiti-la!). Sobre a equipa, admiro a cultura e a eficiência; cultura em termos do ambiente que se vive e respira na empresa e que transpira para o cliente enquanto utilizador final, acima de tudo quando necessita de suporte. Todas as minhas questões foram resolvidas de forma eficiente e “simpática”! Ah! E é lógico que após a intervenção da be:coach, através da minha pessoa, as coisas ficaram ainda melhores!
Para acompanharem e conhecerem melhor o trabalho do Jorge Coutinho visitem o site da be:coach.